Já falei algumas vezes aqui que nunca sonhei em me casar, que acabou fazendo sentido com o tempo, depois que conheci o Rafa. Foi só depois de encontrar O CARA que meus sonhos começaram a ser embalados e criados. Aquela moça rebelde que não curtia ficar presa a nenhum relacionamento acabou casando de voillete e sapatinho colorido. Não me arrependo em nada, assim como aconteceu com a moça do nosso Caso Real de hoje, a Carol.
Quando recebemos a mensagem dela, com um link, dizendo: “Meninas, casei com menos de 10mil reais, é possível”, logo me identifiquei. Meu casamento também custou em torno disso e fui logo contando pra Carol que eu acreditava e que queria a história dela para ser mais uma a comprovar que Casar é um barato. Ela logo se prontificou dizendo que poderíamos publicar a linda história de amor dela com o Bal. Bom, ela escreve super bem, é uma linda, criativa e chega de puxar sardinha, vou deixar ela mesma contar:
“Quando casar fez sentido!
Sou uma pessoa fora da curva, nunca sei o que está na moda, não entendo nada de maquiagens ou roupas de marca ou coisas para o cabelo. E sei que casar nunca fez sentido para mim, até pelo histórico de ter pais separados – acredito que isso seja normal.
Mas, bem, aí você encontra alguém, se apaixona e paga a língua de muitas coisas que você batia no peito e dizia “eu nunca”, hahaha. Eu paguei a língua e casei! Coisa que ninguém acreditou que eu realmente queria. Meu pai ainda alegou “mas você nem é romântica para querer casar”. Me senti a pior Ogra do universo, sério!
Enfim, no início do namoro até a metade eu realmente não pensava no “casar” – festa, documento e bla bla bla” -, mas pensava em viver junto. Com o passar do tempo, e da idade (claro!), você amadurece e começa a ficar ainda mais nítido o que te importa realmente, o que faz sentido e tudo mais.
E foi então, que depois de 4 anos dividindo o mesmo teto, percebi que não fazia sentido morar junto e não ter um momento de celebrar essa passagem da ‘vida adulta’. E não no sentido de mostrar para as pessoas e nem fazer uma festa milionária com shows pirotécnicos, mas de virar a chave. Para mim, mesmo em 4 anos, ele era meu namorado, ponto.
Quando eu e o Bal, o noivo, decidimos, finalmente, colocar em prática a ideia tivemos de imediato um ponto em comum: tem que ser uma celebração com a nossa cara, do nosso jeito para fazer sentido. Abrimos mão de muitos padrões e ouvimos muita crítica, mas posso falar? Foi a melhor coisa que fiz na vida! E o melhor foi ouvir frases como “Foi a melhor festa que já fui na vida”; “quem tem personalidade tem tudo, parabéns”.
Por isso, resolvi relatar de forma fotográfica como foi feita toda a concepção do dia mais incrível que vivemos, rodeados de gente querida!
Local:
Moramos no extremo sul e queríamos algo por ali mesmo, até por custo e acesso da grande parte dos amigos e família. Então escolhemos o Rancho Tô a Toa.
Convite:
Queríamos algo agradável de receber. Então montei o texto, mandei pro meu primo – que tem uma agência de Comunicação Visual, a Grifado – e ele fez essa belezura:
A impressão ficou por conta do Du, padrinho mais que querido que tem uma Gráfica bacanuda!
Padrinhos:
Escolhemos as pessoas que, praticamente, conviveram com a gente os 8 anos inteiros. E para convidá-los, fizemos um agrado. Reutilizei garrafas de um brinde de uma empresa que trabalhava e incluí a Tag.
Cerimônia:
Não queríamos nada ligado a uma única religião, temos muita fé e acreditamos em Deus, mas não seria uma religião específica que faria sentido para nosso casamento.
Então, chamamos um amigo divertido para celebrar a união. Todos tinham certeza de que seria, na verdade, um espetáculo de stand up, porque ele é muuuito divertido. Porém, foi a coisa mais linda e emocionante que presenciei e vivi.
OBRIGADA, Flaviano!
Alianças:
Ela foi levada pelo meu afilhado em um caminhão de madeira, seguido da minha sobrinha mais nova com uma boneca-daminha. muito amor!
Buffet:
Todo jantar que propunham para nós não fazia sentido. Eu nunca curti comida mesmo! Fora que tenho amigos vegans, incluindo um padrinho, e precisava pensar na comida dessa galera. Até que lancei o desafio para o cara que iria conduzir a cozinha: que tal hambúrguer e batata frita (cachorro-quente também serve como comida alternativa, viu)? Eu pelo menos vou me entupir de comer e é mais prático para atender todas as tribos.
Quase todo pão é vegan – sim, tive o trabalho de olhar todo ingrediente e ainda pedir ajuda pro amigo; hambúrguer era só comprar em caixas no atacado; alface custa nada e batata alegra o mundo.
Bônus: um outro padrinho, Chef de Cozinha, fez todos os hambúrgueres de carne, ele e a madrinha. Foram quase 4h amassando 70Kg de carne, mas foi a coisa mais incrível. E os de soja um amigo queridíssimo se propôs a fazer também. Os docinhos foram feitos por um amigo, que tem uma doceria lá no Nova América, extremo sul de SP. SENSACIONAIS.
OBS: Acabei não lembrando de tirar foto da comida, mas aqui da pra ter uma ideia do hambúrguer e das caixinhas da batata frita!
Lembrancinha:
Como iríamos servir chopp, nada melhor que uma caneca personalizada, que economiza no gasto com copos e o convidado ainda leva pra casa!
Outra lembrancinha foram fotos de diversos momentos que os convidados podiam levar pra casa. 😉
“Dia da Noiva”:
Fui com algumas madrinhas para o Centro Paulus, lugar genial, estilo hotel fazenda, dentro de são Paulo e perto da festa. Levamos o Maquiador e Cabeleireiro pra lá e só alegria.
Decoração:
Com ajuda da Ligia, que faz coisas incríveis no Faísca e Fiasco, montei algo bem simples e sem firulas, porque não é comigo. Passei algum tempo juntando garrafas (a gente tem dicas de arranjo DIY aqui!), ela fez os corações e me emprestou os utensílios da mesa.
Fotografia:
Chamamos o Dener e a Amanda, da Diagramativo. Bom, conheço o Dener do tempo de escola, lá em 1997. Ele fez fotos do casamento de uma amiga/madrinha e fez todo sentido chamá-los.
Bolo e Noivinhos:
Bolo foi dado pela Cris, da Vegan Cakes, todo feito sem nadinha de origem animal. E o noivinho comprei pelo Elo7 mesmo.
Banda:
Conhecemos a banda em um outro casamento, mas num outro formato. Fomos assisti-los em outras ocasiões, nesse formato trio, e piramos. Queríamos de todo jeito tê-los lá e foi a melhor escolha! Brasativa, os caras mandam MUITO BEM!
Buquê:
Eu queria algo que não fosse flores de verdade, e contei com a ajuda da vizinha da minha prima e madrinha (também sou madrinha do casamento dela!!) e elaboramos um buquê com rosas de feltro, com as cores que as madrinhas usariam.
Meu vestido e sapato:
Um amigo da minha mãe, talentosíssimo, topou fazer, mas ficou ultra decepcionado: eu não queria rendas, brilhos, flores, pedras, babados, nem nadinha de glamour. Mas uma coisa eu queria, um bolso para andar com o celular – e foi genial e ninguém vê o bolso (já falamos de vestido de noiva com bolso, lembram? Carol super inovadora!) E o sapato, bom, não uso e nunca usei salto. Tenho mais de 8 pares de all star. Então, não fazia sentido usar outra coisa senão… O All Star! Fui bastante criticada, mas no final todo mundo viu que fazia mais sentido (mais uma coisa que ela inovou, gente, sapato de noiva sem salto)!
Noivo:
Camisa foi TNT, Calça Zara e tênis lá na Galeria do Rock – porque somos descolados hahaha.
Tudo isso foi feito dentro da minha cachola, com apoio do noivo, opinião das madrinhas e suporte/ assessoria dos meus lindos aprendizes de produtores de eventos: Samira e Lucas – OBRIGADA!
Foi genial!”
Lindo lindo lindo, gente! Adoramos, Carol e Bal! Obrigada por contar tudinho pra gente. Quer conhecer mais a Carol e sua história? Acessem o blog dela: Relatos e atos!